Em 2024, o governo brasileiro teve uma surpresa positiva em suas contas: a arrecadação de dividendos superou as expectativas, puxada por gigantes estatais como Petrobras e BNDES.
Para entender a dimensão disso, o BNDES transferiu R$ 29,5 bilhões ao governo, o equivalente, por lei, a metade de todo o lucro do banco. Já a Petrobras contribuiu com quase R$ 30 bilhões. Juntas, essas duas empresas responderam por impressionantes 81% do total de dividendos recebidos pelo governo no ano passado.
Ao todo, o governo arrecadou R$ 72 bilhões em dividendos em 2024, um aumento de 46% em relação aos R$ 49 bilhões registrados em 2023. A previsão para 2025 é ainda mais otimista: R$ 80 bilhões.
Por que isso é importante?Esses recursos são cruciais para o governo, que busca garantir investimentos em áreas prioritárias e reduzir o déficit fiscal, que fechou em R$ 187 bilhões no ano passado.
De olho no mundoGlobalmente, as empresas também tiveram um ano excepcional em 2024, distribuindo um total recorde de US$ 1,7 trilhão em dividendos. Nesse cenário, a Petrobras se destacou como uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo.
Comparando com outros países, poucas estatais conseguem ser tão lucrativas quanto as brasileiras. Na Noruega, por exemplo, a Equinor, uma gigante do setor de petróleo, gerou cerca de R$ 14,8 bilhões para o país — metade do valor que a Petrobras transferiu ao Brasil no mesmo período.
Essa performance reforça o peso das estatais brasileiras na economia e sua relevância como fonte de receita para o governo em um momento de grandes desafios fiscais.
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