Clima de tensão no IBGE: mudanças na diretoria e críticas à gestão
Nas últimas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem vivido um ambiente conturbado. Dois dos principais diretores já anunciaram suas saídas, e outros dois estão prestes a deixar seus cargos, evidenciando a tensão nos corredores da instituição.
Desde que Márcio Pochmann assumiu a presidência em 2023, indicado pelo presidente Lula, o órgão tem enfrentado desafios significativos. Críticas externas e internas à gestão de Pochmann são frequentes. Logo ao assumir, ele foi rotulado pela oposição e pelo mercado como "um admirador das agências de estatística da China".
Internamente, as insatisfações vão desde decisões administrativas até a polêmica criação da Fundação IBGE+, apelidada de “IBGE Paralelo”. A fundação, que tem o objetivo de viabilizar parcerias com organizações privadas, gerou indignação entre os servidores, que acusam a gestão de autoritarismo e falta de transparência.
A criação da Fundação IBGE+ foi vista como uma ameaça ao papel central do IBGE, que é responsável por produzir dados essenciais para o país, como a demografia da população e índices econômicos. Entre esses números, destaca-se o IPCA, indicador oficial da inflação, que influencia diretamente decisões de governo e mercado.
O clima de instabilidade no IBGE levanta preocupações sobre o futuro de uma das mais importantes instituições do Brasil, cuja credibilidade é fundamental para a formulação de políticas públicas e estratégias econômicas.
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